Reduzir o colesterol e triglicérides, saber o que provoca anemia, combater a obesidade e cuidar melhor do coração com base em uma alimentação saudável estão entre os temas das palestras e oficinas de maio e junho da ONG Banco de Alimentos. Os eventos acontecem na sede da instituição (Rua Professor Manuel José Chaves, 300 – Alto de Pinheiros).
São Paulo, 23 abril de 2009 – Com a agenda lotada de palestras e oficinas culinárias que oferecem aos participantes muita informação sobre alimentação saudável e educação nutricional, a ONG Banco de Alimentos destacará em maio temas como obesidade, coração, nutrição no diabetes, triglicérides e colesterol, entre outros, sempre sob a ótica da ciência da Nutrição e de sua colaboração para as causas, fatores de risco, prevenção e tratamento de problemas de saúde que afetam grande parte da população.
A obesidade, por exemplo, resultado de desvios nutricionais, é uma doença de incidência cada vez maior no mundo – a maioria da população ingere alimentos de alto valor calórico e baixo valor nutricional, o que tem provocado uma “obesidade-desnutrida”, ou seja, um excessivo aumento calórico com deficiências nutricionais graves.
Nas Oficinas Culinárias da ONG, os participantes aprendem receitas práticas, saborosas e saudáveis. O tema da oficina de maio será “Alface sempre à mesa sem cair na rotina”. Usada em geral na preparação de saladas, a alface é uma das hortaliças mais consumidas no Brasil. Trata-se de uma folha que tem grandes quantidades de vitamina A, C, Niacina e também os minerais cálcio, fósforo e ferro. É comumente utilizada em preparações de salada. A oficina dará várias dicas de receitas alternativas para a alface, incluindo a preparação de tortas, geleias e sopas.
As receitas foram criadas pelas nutricionistas da ONG Banco de Alimentos, Aline Risatto Teixeira e Isabel Marçal. Além de respeitar o meio ambiente, os pratos são inovadores e igualmente saborosos e nutritivos.
A grade de cursos pode ser vista no site da ONG Banco de Alimentos (www.bancodealimentos.org.br<http://www.bancodealimentos.
PALESTRAS ONG Banco de Alimentos / Maio e Junho de 2009
04/05/09 Obesidade: o que é, o que fazer e como prevenir!
Horário: das14h30 às 15h30
11/05/09 Cuidando melhor do nosso coração
Horário: das14h30 às 15h30
18/05/09 Colesterol e Triglicérides: como reverter o quadro
Horário: das14h30 às 15h30
20/05/09 Desvendando a Doença Celíaca
Horário: das 16h30 às 17h30
25/05/09 Anemia: Conheça esse mal oculto
Horário: das14h30 às 15h30
27/05/09 Nutrição no Diabetes
Horário: das 16h30 às 17h30
01/06/09 - Higiene e manipulação dos alimentos - Definições sobre os diferentes tipos de contaminação, técnicas de higiene pessoal e para higienizar os alimentos, dicas para evitar a contaminação cruzada.
Horário: das 14h30 às 15h30
03/06/09 - Técnicas de congelamento - Dicas para conservar os alimentos por um maior período de tempo sem reduzir o valor nutricional.
Horário: das 16h30 às 17h30
15/06/09 - Como montar um cardápio saudável - Saiba quantas refeições devemos realizar ao dia e quais os tipos de alimentos que devemos consumir em cada uma delas.
Horário: das 14h30 às15h30
17/06/09 - Rotulagem de Alimentos – Você sabe o que está comendo Para que serve o rótulo dos alimentos. Aprenda o que estas informações significam e conheça a importância da leitura dos rótulos para a melhoria da qualidade de sua alimentação.
Horário: das 16h30 às 17h30
22/06/09 - Obesidade: o que é, o que fazer e como prevenir!
Horário: das 14h30 às15h30
24/06/09 - Dietas da moda - Em busca de um corpo belo, muitas pessoas aderem dietas radicais sem pensar nos riscos para a saúde. Conheça-os nesta palestra e aprenda a realizar uma alimentação saudável. Esta nunca sai de moda.
Horário: das 16h30 às 17h30
29/06/09 - Alimentos Funcionais - O que são alimentos funcionais? Conheça os benefícios de seu consumo.
Horário: das 14h30 às15h30
OFICINAS CULINÁRIAS / Maio e Junho de 2009
07/05/09 Alface sempre à mesa sem cair na rotina
Horário:das 19h30 às 22h00
18/06/09 - Shitake e Shimeji: Introduzindo novos sabores com praticidade.
Horário: das 19h30 às 22h00
Todas as palestras do mês de maio abordam definição, causas/ fatores de riscos, prevenção e tratamento, dentro da ótica da ciência da Nutrição. E-mail:info@bancodealimentos.org.br<mailto:info@bancodealimentos.
ONG Banco de Alimentos
De janeiro de 1999 a dezembro de 2008, a organização não-governamental Banco de Alimentos evitou que 3.220.808,36 quilos de alimentos fossem transformados em lixo. Esse combate ao desperdício e à fome resultou em 30.612.496 refeições complementadas em 6.147.787 atendimentos nas 51 instituições que atendem cerca de 22 mil pessoas em situação de risco social. Este ano, a ONG potencializou a sua atuação com a nova sede (Av. Prof. Manoel José Chaves, 300), o lançamento de um livro de receitas — com dicas para transformar o desperdício em pratos saborosos e altamente nutritivos — e a conquista de mais um doador fixo, o supermercado Sonda Carapicuíba.
Uma das frentes do trabalho da ONG Banco de Alimentos, a educação nutricional e profilática, continua a ser uma das prioridades de 2008. Promovido por meio de workshops, palestras, treinamentos e oficinas culinárias, o trabalho tem o objetivo de ensinar aos profissionais que atuam nas 51 entidades cadastradas como manipular, armazenar, consumir e aproveitar integralmente os alimentos. O treinamento é baseado em abordagens teóricas e práticas com noções básicas de alimentação e nutrição. Há também o acompanhamento individual destinado a instituições, para auxiliar a montagem de um cardápio equilibrado. A parceria firmada em 2000 com o Centro Universitário São Camilo e a parceria firmada no início de 2007 com a Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) têm contribuído para aperfeiçoar o trabalho, uma vez que universitários do curso de Nutrição realizam avaliações antropométricas para detecção de desvios nutricionais e posteriores intervenções nas instituições atendidas. A partir dessas avaliações são gerados trabalhos científicos e estatísticos sobre desvios nutricionais, como desnutrição, subnutrição e obesidade.
O desafio de combater o desperdício
O Brasil conta com 21,7 milhões de indigentes (renda inferior a um quarto do salário mínimo), de acordo com dados do IPEA de 2006. Cerca três milhões de crianças com até seis anos são desnutridas. Em contrapartida, o país desperdiça 61% de sua produção agrícola, sendo 20% no plantio e colheita, 8% no transporte e armazenamento, 15% na indústria, 1% no varejo e 17% pelos consumidores (Edições Abril, R.S.I. março, 2002).
Os brasileiros desperdiçam diariamente 39 milhões de quilos de alimentos, o que seria suficiente para alimentar 19 milhões de pessoas por dia. Para se ter uma idéia do desperdício, de cada 100 caixas produzidas no campo, apenas 39 chegam à mesa do consumidor. Além disso, o Brasil é o 4º maior produtor mundial de alimentos e o 6º em subnutrição de acordo com dados do AKATU (2003). Segundo a 8ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, em 2007, os supermercados perderam 4,48% de seu movimento financeiro, em perecíveis.
Na visão da ONG Banco de Alimentos, ao combater o desperdício, a sociedade luta contra a desnutrição, especialmente infantil. A falta e o aproveitamento inadequado dos alimentos trazem seqüelas graves ao crescimento, à resistência a infecções e até problemas neurológicos. A criança desnutrida tem dificuldade de concentração, o que reduz a sua capacidade de aprendizagem.
Proposta inovadora
A organização transforma o alimento desperdiçado em uma das matérias-primas para o trabalho desenvolvido, com base na distribuição eficaz de alimentos fornecidos por empresas doadoras entre as instituições cadastradas. O Banco de Alimentos busca onde sobra e entrega onde falta. A ONG realiza o recolhimento das sobras de comercialização e/ou excedente de produção, próprios para o consumo, que teria o lixo como destino. Dessa forma, com uma logística exemplar, toneladas de alimentos são recolhidas de empresas doadoras e chegam à mesa de cerca de 22 mil pessoas assistidas por 51 instituições. Entre os doadores do Banco de Alimentos estão grandes, médias, pequenas e microempresas, bem como sacolões, hortifrutis, mercados municipais, fabricantes e distribuidores.
Uma inovação é a parceria com agricultores — na qual a ONG Banco de Alimentos é pioneira. A região de Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, é hoje uma das principais parceiras da ONG. Nos locais de doação, a equipe da ONG faz a triagem dos alimentos no período da manhã e realiza a entrega às instituições à tarde. Os produtos arrecadados são transportados em veículos adequados para a função e em perfeitas condições de acondicionamento, preconizadas pela ANVISA.
O público-alvo do trabalho é formado por crianças, adolescentes, adultos, idosos, deficientes físicos e mentais, moradores de rua e portadores de patologias como AIDS, câncer e doenças cardiovasculares — pessoas não economicamente ativas, atendidas por instituições idôneas. Com uma criteriosa seleção de produtos, a ONG destina os alimentos de acordo com a característica das pessoas atendidas. Doentes que estão acamados, por exemplo, recebem alimentos como aveia, que ajudam no trabalho do trato gastrointestinal.
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